domingo, 14 de junho de 2009

Alguma vez um homem negro inventou alguma coisa?

(Este é um artigo que li, fiquei admirado e quero compartilhar):


Londres.- A resposta inevitável deve ser não, nunca, sempre e quando você acredite na ‘história oficial'. No entanto, os fatos contam uma história diferente.

Um homem negro, por exemplo, inventou esses semáforos sem os que o mundo não pode andar e o pai da medicina não foi Hipócrates, mas Imotep, um multifacético gênio negro que viveu dois mil anos antes do médico grego. É que os europeus ainda se negam a reconhecer que o mundo não estava à espera na escuridão para que levassem a luz. A história da África já era antiga quando a Europa começou a andar.

Um mestre de ensino secundário da Gana, que visitou recentemente Londres, não poda acreditar que um homem negro tivesse inventado os semáforos. "O que?!", perguntou com absoluta incredulidade. "Como pode um homem negro ter inventado os semáforos?!"

Bem, você pode imaginar a classe de educação que este mestre de ensino secundário ensinou e continua a ensinar a seus estudantes, não por malícia, mas por pura ignorância. Que tipo de educação recebem os africanos? Todos pensam, igual que este professor ganês, que os negros ‘não podem' inventar nada, mas que compram as invenções dos outros.

Um novo livro de texto, "Cientistas e inventores negros", publicado recentemente em Londres por BIS Publications, descarta totalmente a idéia que as pessoas negras não têm criatividade. Escrito em conjunto por Ava Henry y Michael Williams (ambos diretores da filial de Londres da BIS Publications), o livro está pensado para ser usado por crianças de entre 7 e 16 anos.

"Nós esperamos que os pais e mestres ajudem as crianças nesta tarefa de conhecimento e descoberta", dizem os autores. As pessoas negras estão encontrando cada vez mais difícil entender por que, inclusive na era da abertura e liberalismo caracterizada pela Internet, continuam a negar o reconhecimento devido a inventores e cientistas negros.

E isto acontece apesar de que há documentação que prova que várias invenções importantes para o mundo têm sido obra da criatividade dos negros.

No passado

Escrevendo sobre as invenções e as descobertas africanas, Count C. Volney, o renomado historiador francês, escreveu: "Pessoas agora esquecidas descobriram, enquanto outros eram ainda bárbaros, os elementos das artes e da ciência.

Uma raça de homens agora rejeitada pela sociedade por sua pele escura e seu cabelo enroscado cimentou no estudo das leis da natureza esses sistemas civis e religiosos que ainda governam o universo".

Ao que o Dr. John Henrik Clarke, um historiador afro-americano, acrescenta: "Primeiro, as distorções devem ser admitidas. O fato lamentável é que a maioria do que nós chamamos agora de história mundial é só a história do primeiro e segundo florescimento da Europa. Os europeus ainda não reconhecem que o mundo não estava à espera deles na escuridão para que trouxessem luz. A história da África já era antiga quando a Europa nasceu".

O Dr. Clarke é apoiado pelo estudioso e explorador alemão Leo Frobenius, que escreveu em sua principal obra, Und Afrika Sprach, publicada em 1910: "Nessa porção do globo, o anglo-saxão Henry Morton Stanley lhes deu nome de ‘escuros' e ‘escuríssimos'...

Mas antes das invasões estrangeiras, os africanos não viviam em grupos pequenos, mas em comunidades de 20 mil ou 30 mil habitantes, cujas estradas estavam escoltadas por esplêndidas avenidas de palmeiras, plantadas a intervalos regulares e de uma maneira ordenada".

O trabalho de Frobenius inclusive foi melhorado por Thomas Hodgkins, um historiador britânico que escreveu depois: "Quando as pessoas falam, como ainda algumas vezes o fazem, sobre a África do sul do Saara como um continente sem história, o que eles realmente dizem é que essa porção da África tem uma história da que nós, os ocidentais, somos deploravelmente ignorantes...

Um deve admitir que ainda somos vítimas de uma mentalidade colonial: encontramos difícil de compreender que os africanos possuíssem sua própria civilização durante muitos séculos antes de que os europeus, começando pelos portugueses ao final do s. XV, concebessem a idéia de tentar vender-lhes a nossa".

A maioria dos historiadores aceita agora que os antigos impérios africanos da Gana, Mali e Songhay* tinham desenvolvido sociedade científicas.

Em Uma História do Desenvolvimento Intelectual da Europa, publicada em 1864, J. W. Draper escreveu sobre o desenvolvimento social e artístico imensamente superior dos mouros (os negros), que bem poderiam ter visto com arrogante desprezo as moradas dos governantes da Alemanha, França e Inglaterra, que naquele tempo apenas eram melhores do que seus estábulos".

Recentemente, o jornalista britânico de TV Jon Snow, que se fez de um nome como jornalista na África na década de 1970, ficou assombrado ao encontrar numa biblioteca em Tombuctu (Mali), pilhas de livros fechados "faz mais de 500 anos" (suas próprias palavras em câmera).

"Nós (os europeus) gostamos de pensar que foi nossa cultura a que levou os livros a África, mas aqui em minhas mãos está a evidência que demonstra o contrário. Eles nos deram os livros", disse Snow, enquanto revisava um deles. Os documentos demonstram que as primeiras universidades da Europa foram fundadas muito depois da Universidade de Sankore, em Tombuctu, cujos professores eram todos africanos.

O Antigo Egito

Até no antigo Egito, que era essencialmente um império negro cuja grande glória tem se atribuído com malícia aos árabes, os negros foram os que iniciaram o caminho das ciências.

Sir J. G. Wilkinson admitiu em seu livro Os Antigos Egípcios (1854) "que os antigos egípcios possuíram um considerável conhecimento da química e do uso do óxidos metálicos, como ficou evidenciado nas cores aplicadas a suas peças de vidro e porcelana; e eles, inclusive, estavam familiarizados com os efeitos dos ácidos sobre as cores eram capazes de lograr matizes nas tinturas das telas utilizando métodos semelhantes aos que nós empregamos em nossos trabalhos sobre o algodão".

Em seu livro Antigo Egito: a Luz do Mundo (1907), Gerald Massy admitiu que Imotep, o multifacético gênio negro, foi o verdadeiro "pai da medicina" e não, como se sustenta de forma errada, o médico grego Hipócrates. Imotep era um antigo egípcio que viveu aproximadamente em 2300 antes de Cristo.

Os documentos mostram que tanto a Grécia quanto a Roma tomaram seus conhecimentos de medicina dele. Ele era venerado em Roma como o "Príncipe da Paz na forma de um homem negro". Também foi um arquiteto adiantado a seu tempo e serviu como primeiro ministro do rei Zoser.

Hipócrates, o chamado ‘pai da medicina', viveu dois mil anos depois de Imotep. No entanto, ainda o juramento tomado aos médicos da era moderna observa um código de ética médica baseado em Hipócrates e não em Imotep.

Esta rejeição ou falta de reconhecimento das invenções e descobertas dos negros a razão pela que pessoas como o professor ganês podem dizer que os negros não inventaram nada. Invenções tais como o papel, a elaboração de sapatos, as bebidas alcoólicas, os cosméticos, as bibliotecas, a arquitetura e muitos mais têm sido obra de pessoas negras muito antes do florescimento da Europa.

Arthur Weigall (Personalidades da Antiguidade, publicado em 1928) admite que Akenaton, o monarca negro do antigo Egito, foi a primeira pessoa em predicar a crença num Deus todo-poderoso, todo amor.

"Nos primeiros anos de seu reinado -escreve Weigall- quando ainda era um rapaz, Akenaton promulgou uma doutrina que estava em seu aspecto exterior um culto dedooder invisível e intangível, chamado Aton.

Fazia-se visível para a humanidade na luz do sul, geradora de vida, mas em seu significado mais profundo, simplesmente era a crença num único Deus, todo-poderoso, pai de todas as criaturas viventes e por quem todas as coisas tinham sua razão de ser".

Sobre Akenaton, J. A. Rogers ("Os grandes homens de cor do mundo") escreveu: "Séculos antes do rei Davi, ele escreveu salmos tão bonitos como aqueles do monarca judeu. TTrezentosanos antes de Mohamed (chamado em Ocidente Maomé), ele ensinou a doutrina de um só Deus. Três mil anos antes de Darwin, ele se deu conta da unidade que atravessa todas as coisas vivas".

Quando Akenaton predicava sua crença num só Deus todo-poderoso, era considerado um herético. Assim, a crença moderna num Deus onipotente, tão cara para cristão, judeus e muçulmanos, na verdade é uma consequência do pensamento de Akenaton, cujas origens são muito anteriores à era judaico-cristã.

Na era romana, um homem negro, agora esquecido, Tiro (nascido para o 103 antes de Cristo) foi o inventor da escrita taquigráfica. Vários historiadores têm lembrado de Tiro como o secretário de Marco Túlio Cicerão. Cicerão amava ditar suas cartas a Tiro, que as escrevia em método taquigráfico. Quantos séculos passaram desde o ano 63 antes de Cristo até 1837 de nossa era, quando o inglês Isaac Pitman ‘inventou' sua taquigrafia?

Outro historiador, Charles Rollin, conta que os egípcios, a raiz das inundações provocadas pelo Nilo, estavam obrigadas a medir frequentemente seu país e para esse propósito idealizaram um método que deu origem à geometria. Esse método passou do Egito para a Grécia, e se crê que foi Thales de Mileto quem o levou numa de suas viagens.

E se algo faltava para assombro do mestre ganês, Esopo, que viveu no século 6 antes de Cristo, também era negro. Segundo Planudes o Grande, no século 14, um frei a quem devemos a forma atual das fábulas de Esopo, o descreveu "com lábios grossos e pele negra". A influência de Esopo no pensamento e a moral ocidental é profunda. Platão, Sócrates, Aristófanes, Shakespeare, La Fontaine e outros grandes pensadores se inspiraram em sua sabedoria.

A Era Moderna

Sem dúvida, a invenção de um negro mais visível da era moderna são os semáforos. Garret Morgan, um afro-americano (nascido em Kentucky, EUA, em 4 de março de 1877), inventou o sistema automático de sinais de trânsito em 1923, e depois vendeu os direitos à corporação General Electric por 40 mil dólares.

Morgan, o sétimo de 11 irmãos, só tinham uma educação escolar elementar, mas era extremadamente inteligente. Começou sua vida de trabalhador como técnico de máquinas de coser e rapidamente inventou um sistema para aperfeiçoar as máquinas, que vendeu em 1901 em menos de 50 dólares.

Morgan também inventou a primeira máscara de gás em 1912, pela que obteve uma patente do governo norte-americano. Seguidamente criou uma companhia para fabricar as máscaras. O negócio inicialmente foi bom, sobretudo durante a I Guerra Mundial, mas quando seus clientes descobriram que ele era negro, as vendagens começaram a diminuir.

Morgan tentou enganar seus clientes racistas inventando um creme que se aplicava para alisar o cabelo e passar por índio da reserva Walpole, no Canadá. Morreu em 1963, aos 86 anos. Outro dos grandes inventores negros foi Elijah McCoy. Tinha nascido em 2 de maio de 1843 em Colchester, Ontario, Canadá. Seus pais tinham escapado da escravidão da América do Sul e foram morar no Canadá com suas 12 crianças.

Sendo jovem Elijah foi bom para a mecânica. Depois de estudar em Edimburgo (Escócia), regressou ao Canadá, mas não podia encontrar trabalho. Terminou nos Estados Unidos, onde conseguiu emprego como operário ferroviário em Detroit, Michigan. Era o encarregado de engordurar as maquinarias.

McCoy decidiu desenvolver um sistema para engordurar que não fizesse parar o funcionamento das máquinas e em 1872 inventou um sistema de gotejamento para máquinas de vapor que permitiu engordurá-las durante a marcha.

Em 1929, quando McCoy morreu, tinha mais de 50 patentes a seu nome, inclusive, uma mesa de ferro e um rociador de grama. Seu dispositivo para engordurar as máquinas de vapor cimentou a revolução industrial do século 20.

De volta a casa na África, o cientista ganês, Raphael E. Armattoe (1913-1953), candidato ao Prêmio Nobel de Medicina em 1948, encontrou a cura para a doença do verme da água da Guiné com sua droga Abochi na década de 1940. Ele também fez uma extensa investigação sobre as diferentes espécies de ervas e raízes africanas de uso medicinal.

Os inventores negros do EUA

Só nos Estados Unidos, milhares de inventores e cientistas negros têm contribuído enormemente ao desenvolvimento nacional, além do mundial, sem nenhum reconhecimento. Esta é uma pequena mostra de inventores negros dos Estados Unidos na era moderna:

Em medicina, Charles R. Drew foi o pioneiro no desenvolvimento do banco de sangue. Em 1940, seu trabalho com o plasma e armazenagem abriu o caminho para o desenvolvimento dos bancos de sangue nos Estados Unidos. Em 1935, o Dr. William Hinton publicou o primeiro manual médico escrito por um afro-americano, baseado em sua investigação da sífilis.

O físico Lloyd Quarteman jogou um papel transcendental na equipe científica norte-americana que desenvolveu o primeiro reator nuclear na década de 1930 e iniciou a era atômica no mundo. Outro físico, Roberto E. Shurney, desenvolveu os pneumáticos de malha de arame para o robô da Apolo XV que tocou a superfície da lua em 1972.

George Washington Carver, um gênio agrícola, desenvolveu novos métodos de cultivo que salvaram a economia do sul dos Estados Unidos na década de 1920. Em 1927 fez imensas melhoras ao processo de fabricação de pinturas e colorantes. Também investigou ampliamente a terra e as doenças das plantas e desenvolveu 325 produtos derivados do amendoim, entre eles tintas, alimentos e produtos cosméticos.

Jan Ernst Matzeliger (1852-1889) inventou a ‘máquina sem fim' que impactou grandemente na indústria dos sapatos do mundo. Obteve uma patente do governo em 1883. após vendeu os direitos à firma Consolidated Hand Method Lasting Machine Co. Quando morreu, em 1889, tinha outras 37 patentes a seu nome. Foi honrado pelos Estados Unidos em 1992 com um selo de correios com seu retrato.

O Dr. Ernest E. Just (1883-1941) estudou a fertilização e a estrutura celular do ovo antes da I Guerra Mundial. Ele deu ao mundo a primeira visão da arquitetura humana ao explicar como trabalham as células.

Granville T. Woods (1856-1910) inventou um novo transmissor do telefone que revolucionou a qualidade e distância à que podia viajar o som. A companhia de telefones Bell comprou a patente de Woods, cujo trabalho mais memorável foi a melhora que logrou para os trens.

Primeiramente, ele inventou o "sistema de telegrafia ferroviário", que permitiu enviar mensagens de trem a trem, mas em 1888 melhorou seu invento com um sistema que permitiu eletrificar os trens. Mais? A lista é inesgotável. Vejamos alguns outros inventores negros.

Richard Spikes desenvolveu a caixa de câmbios automáticos para os automóveis em 1932. George Carruthers, um astro-físico da NASA, desenvolveu a câmera remota ultravioleta que se usou na missão da Apolo XVI e que permitiu ao mundo ter uma visão das crateras da lua na década de 1960. Sua combinação de telescópio e câmera é ainda usada nas missões dos transbordadores.

Em 1986, a Dra. Patricia E. Bath, uma oftalmologista, inventou um dispositivo laser que tem se usado desde então na cirurgia de cataratas.

Em 1989 o Dr. Philip Emeagwali, um imigrante nigeriano nos Estados Unidos, realizou o cálculo de computador mais rápido do mundo, uma assombrosa operação de 3,1 bilhões de cálculos por segundo. Seu aporte tem mudado a maneira de estudar o aquecimento global e as condições do tempo e também tem ajudado a determinar como o petróleo flui sob a terra.

O Dr. Daniel Hale Williams foi primeiro em realizar, em 1893, uma operação de coração num homem. O químico Percy L. Julian, "um dos maiores cientistas do século 20", segundo a revista Ébano, abriu o caminho para o desenvolvimento do tratamento do mal de Alzheimer e do glaucoma com seus experimentos em 1933.

"Sua investigação na síntese da fisostigmina, uma droga para tratar o glaucoma, determinou que melhora a memória dos pacientes do mal de Alzheimer e serviu como antídoto do gás nervoso", segundo Ébano.

Benjamim Banniker foi o primeiro inventor afro-americano notável. Ele fez o primeiro relógio nos Estados Unidos e experimentou em astrologia. Depois, foi assistente do francês La Flan, que planejou a cidade de Washington.

Quando La Flan deixou o país desencantado com os norte-americanos, Banniker recordou os planos e virou o verdadeiro responsável do desenho da cidade, uma das poucas dos Estados Unidos com ruas suficientemente amplas como para permitir o passo de dez automóveis ao mesmo tempo.

*Os songhay foram um povo negro-africano da beira do rio Níger meio, mistura entre tuareg e fulbe. No século 7 ou 8 criaram um império com capital em Kukya e depois em Gao (1010). Controlavam as rotas das caravanas do Saara central, que levavam a Tumbuctu o ouro do Sudão e regressavam com sal das salinas de Tombuctu, no norte do Saara. Em 1591 o império foi destruído pelos marroquinos.

*Este artigo foi elaborado por Cientistas
Negros e Inventores e editado no Reino
Unido por BIS Publications

terça-feira, 26 de maio de 2009

Relatório confirma abuso de milhares de crianças por parte da Igreja Católica da Irlanda


RIO - Milhares de meninos e meninas de escolas e orfanatos sofreram abusos sexuais de padres e freiras da Igreja Católica da Irlanda.

Segundo a investigação, iniciada em 2000 e publicada nesta quarta-feira em Dublin, o governo fez pouco para impedir tais violações.

Os abusos ocorreram entre as décadas de 1930 e 1990.

O juiz da Suprema Corte, Sean Ryan, afirmou que o resultado conta com 2.600 páginas, organizadas pela Comissão para a Investigação de Abusos a Crianças com base em testemunhos de milhares de ex-alunos e funcionários das cerca de 250 instituições dirigidas pela Igreja.

Mais de 30 mil crianças acusadas de roubo, abandono de escola e filhas de mães solteiras foram enviadas para a sombria rede de escolas técnicas, reformatórios, asilos e orfanatos católicos por cerca de 60 anos.

Segundo o relatório, os abusos sexuais eram "endêmicos" dentro das instituições para rapazes, dirigidas principalmente pela ordem dos Irmãos de Cristo.

As meninas eram orientadas principalmente pela ordem das Irmãs da Misericórdia, que as humilhavam e as faziam se sentir desprezíveis.

A Igreja Católica tentou repetidamente impedir a publicação do relatório elaborado por uma comissão independente irlandesa, que ouviu os depoimentos de milhares de pessoas, atualmente com idades entre 50 e 70 anos.

Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/05/20/relatorio-confirma-abuso-de-milhares-de-criancas-por-parte-da-igreja-catolica-da-irlanda-755949605.asp

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CPI DA PEDOFÍLIA NA IGREJA CATÓLICA! JÁ!

A Irlanda é um país minúsculo, de população pequena, e apresenta dados estarrecedores como esses. Imagina o número de crianças abusadas pela Igreja Católica no Brasil? Isso mesmo, é a Igreja quem abusa, a responsabilidade é da "santa"sim! Quando os santos choram sangue é dádiva de Deus, mas quando milhares de crianças perdem toda sua inocência debaixo do teto da "casa de Deus" as pessoas livram-na desta responsabilidade.

Cadê o representante de Deus na terra? Cadê!? Dê as caras sr Papa. Ou melhor, sr "papa" informação, pois o senhor também era e ainda deve ser, um dos responsáveis por abafar casos como esse da opinião pública. E ainda existem pessoas que querem beijar sua mão, pedir sua benção.... Coitados!

Sempre haverá pessoas hipócritas que tentarão isentar a igreja da culpa, das culpas. Porém, poucas têm sensibilidade para perceber que o mundo sem religião é como um navio sem leme, e que Deus une os homem e a igreja separa-os.

Viva a santa Igreja Católica!
Viva a $.A das Igrejas Protestantes!
Viva a ignorância humana.

PS: Eu que não colocaria meu filho pra ser "coroinha" hein, Deus me livre!

sábado, 23 de maio de 2009

Modelos negros terão cota de 10% em desfiles

O Ministério Público Estadual e a organização da São Paulo Fashion Week firmaram um acordo na última quarta-feira em que o evento se compromete a sugerir que todas as grifes participantes tenham em seu casting pelo menos 10% de modelos negros, afro-descendentes ou indígenas.

A medida, segundo declaração da promotora de Justiça Deborah Kelly Affonso, em nota publicada no site do MP, "não se trata de querer impor uma cota racial, mas de promover a inclusão social de afro-descendentes e indígenas nesse segmento".

A SPFW se compromete, ainda, a encaminhar para o Ministério Público um documento comprovando o cumprimento do acordo, assim como relação dos modelos que desfilaram e inserem nesse critério. A organização do evento vai ter um prazo de 30 dias após cada edição, e terá que fazer isso durante dois anos.

O documento prevê uma multa de R$ 250 mil em caso de descumprimento de qualquer uma das cláusulas. A próxima edição da SPFW ocorre entre 17 e 22 de junho.

Fonte: http://cultura.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5745748&titulo=Sao+Paulo+Fashion+Week+tera+minimo+10%+de+modelos+negros
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As notícias dessa semana estão muito boas para ser verdade! Eu já vi campanha contra Gilmar "Dantas" e agora a São Paulo Fashion Week terá cota de 10% de modelos negros. É pouco, comparado a nossa representatividade, mas é o início para que muitos modelos negros não ouça mais a "célebre" frase de dispensa: "Desculpe, você não se enquadra a roupa e também não representa o perfil de nossos clientes."

É o "BOOM" das cotas! Os racistas estão com armas em punho e a guerra vai recomeçar. Nós, os pretos, os humildes, estamos apenas com um rifle chamado "argumento", uma camisa com a seguinte frase: "Ei! Você aí, onde você guardou o seu racismo?" e é claro, muita gana pra lutar.

Você que está lendo isto, vai aliar-se para qual pelotão? O nosso é pequeninho, mas muito coeso, muito harmonioso e muito preparado.
Na Guerra do Paraguai, colocaram-nos na linha de frente. Queriam nosso povo morto, como aconteceu na Argentina. Resistimos! Essa é a nova guerra, somos a nova linha de frente e também vamos resistir.

"Saia às ruas, ministro Gilmar!"

Notícia retirada do blog de Paulo Henrique Amorim:

"O Conversa Afiada recebeu a foto tirada de um ônibus em Brasília de uma amigo navegante. O movimento contra o presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes ganhou os ônibus de Brasília. Os coletivos chamados de “zebrinha” estão rodando com adesivos com palavras de ordem contra o ministro do STF, ironicamente chamado de “Gilmar Dantas”, em referência ao banqueiro Daniel Dantas, salvo da cadeia graças a habeas corpus de Mendes."
http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=10963

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Coitado do "Gilmarzinho" (risos).... Ele saiu às ruas, literalmente!
Eu, Pedro, 17 anos, fico muito feliz com essa repercussão positiva e consciente da sociedade brasileira em geral.
É o despertar da juventude brasileira? Daquela sede de justiça social, reivindicação e militância por um mundo melhor? Difícil, mas estou com uma leve impressão que estão vindo por aí pessoas que farão a diferença, que não nasceram por nascer, são os novos cavaleiros da esperança!

Eu sempre quis dizer isso: NINGUÉM PÁRA A FRENTE ARMADA QUE COMANDAMOS AGORA. Ops, armada de ideais, de esperança e de luta.

sábado, 16 de maio de 2009

Buda negro.

"ESTE É MAIS UM DOS TÓPICOS QUE TÊM COMO OBJETIVO DESESTRUTURAR O SISTEMA OPRESSOR E RACISTA QUE SE TORNOU AS RELIGIÕES. TODAS AS INFORMAÇÕES POSTADAS AQUI, SÃO PESQUISADAS E POSSUEM VALOR ARGUMENTATIVO INQUESTIONÁVEL." Pedro Amaral.

[RESUMO]:

Os estudos da afrocentricidade são primordiais para o entendimento da diáspora afro global que é desconhecida da maioria da população dentro e fora do continente africano.
Os ensinamentos e discussões sobre a história do nosso povo são tendenciosos objetivando negar legados importantíssimos. Muitos afrocentrados trabalham isoladamente por não concordarem com a história eurocentrada e reducionista ensinada pelos doutores da história que formam meros repetidores da concepção européia sobre as civilizações originais, e nesta caminhada muitos africanos e afro-diásporicos das mais renomadas escolas se tornaram defensores.
Um dos graves desconhecimentos é sobre a história preta da Ásia oriunda das migrações de africanos que povoaram o planeta, e não conhecer essas migrações torna-se difícil comentar sobre o Budismo.
O budismo é a quarta religião mundial sendo superada pelo cristianismo, islamismo e Hinduísmo, pressupõe que há 365 milhões de praticantes budistas no planeta seguindo linhas diferentes de teologia e prática. É interessante ressaltar da negação de budistas da qualificação de religiosos, dizem-se praticante de uma filosofia não religiosa.
As imagens que vemos de Buda o retratam gordo e não preto e não retratam a verdade histórica. O poder da imagem é fundamental para inserir nas mentes a mentira.

A antiga Índia é citada na bíblia quatro vezes e estava localizada no Vale do Indos e abrangia uma área do rio Oxus no Afeganistão até o Golfo de Bombaim na região meridional da Índia do Sul.
A população preta do Vale do Indo foi derrotada por diversas invasões dos arianos (brancos) que deram o nome a região de Aryavarta (terra dos arianos), nos últimos anos diversos escritores brancos escrevem livros e artigos negando qualquer invasão ariana na região e criando um mito de “democracia racial”, de paz e boa convivência entre os arianos e os povos pretos do Vale do Indo até hoje, sendo desmentidos pelos próprios escritos religiosos e históricos.
A Teoria da invasão ariana baseia-se em ruínas que foram descobertas no Vale do Indo, e demonstram como foi interrompida a evolução da Índia e da sua população preta, depois dos ataques arianos. A Índia foi invadida e conquistada por nômades indo-europeus por volta de cerca de 1500-100 a.C. que lutaram contra a “Civilização Dravidiana”.
O povo ariano também criou formas opressivas relatadas nas escrituras arianas védicas, as quais dizem que houve uma guerra entre os poderes da luz (brancos) e da escuridão (povos pretos).
Foi elaborado um sistema hierarquizado denominado Varna que significa cor e instituído pela classe dirigente dos nômades do norte de pele branca que ficaram na parte superior da sociedade hindu e povos de pele preta na parte inferior.
Varnas nos Vedas:
Brâmanes (sacerdotes, professores, sábios) - saíram da boca de Brahma. Essa classe preservou os Vedas por milhares de anos.
Kshatriyas (governantes e guerreiros) - saíram dos braços de Brahma. Ações para o bem comum.
Vaisyas (comerciantes, artesões) - saíram das pernas de Brahma. Ações com interesse pessoal.
Sudras (agricultores, prestadores de serviço) – saíram dos pés de Brahma. Cumprem ordens.

Hoje este código religioso é chamado de sistema de castas. Leia o artigo sobre os dalits.
Conforme os Vedas os que são denominados Sudras (pretos) não possuem clareza mental e capacidade de pensar e decidir, são propensos à inércia e a preguiça por isso precisa de alguém que os comanda, assim é a força braçal da sociedade e cumprem ordens somente. Aquilo que foi citado nos Vedas como Varna com o sentido de qualidade (Gunas), tornou-se Casta (Varna no sentido de cor de pele) ou divisão fixa da sociedade indiana conforme a cor da pele, onde os dominadores (povo Asiático de cor branca) se colocaram no topo das castas obrigando o povo preto a cumprir as regras impostas por eles, usando como critério a cor da pele, sendo o povo invasor asiático de cor branca os privilegiados e distintos da cor negra do povo nativo.
Este povo invasor também criou códigos de leis como as “Leis de Manu” que prescrevem leis favoráveis aos Brâmanes dando-lhes poder absoluto e punições severas as outras castas que não cumprissem as leis. Para os Sudras as punições eram mais severas (como corte da mão ou dos órgãos genitais por roubo ou desejo pela mulher de um Brâmane, chumbo derretido nos ouvidos se ouvisse as escrituras, corte da língua se recitasse, e ser cortado ao meio se guardasse na memória...), verdadeiras torturas eram praticadas com o povo Indiano – Aborígenes ou Nagas e Nishadas e Drávidas membros da civilização do Vale do Indo, as mulheres foram consideradas fonte de discórdia e pecado e as leis prescreviam regras de submissão ao marido e a sociedade. Colocados para fora da sociedade hindu estavam os outros pretos considerados intocáveis ou Pária (fora da casta), que recebiam apenas os serviços que eram considerados impuros ou imundos, geralmente associados com os mortos (homens ou animais) ou com excrementos. Essa dominação dos arianos forçou grande parte da sociedade indiana ao refugio nas florestas e o desenvolvimento de parte dos vedas chamado Aranyakas. Os tantras santras também se desenvolveu em uma sociedade a parte.
As leis de Manu foram instrumento de controle social e manutenção de poder do povo branco invasor sobre a sociedade original preta.
Os documentos, as descobertas arqueológicas e o sistema de castas na Índia corroboram a verdade histórica: Os arianos invadiram a Índia. Realizaram genocídios e criaram o opressivo sistema de castas baseados na cor epitelial.

O BUDA NEGRO
Sidarta Gautama o Buda Shakyamuni nasceu da Rainha Mahamaya e do Rei Shudhodana de Kapilavastu, em aproximadamente 563 antes de Cristo em Lumbini, que é atualmente a divisa entre Índia e Nepal. Era um reino preto de guerreiros e foi treinado nas artes marciais e resistiu à invasão ariana. O Buda da Índia foi um chefe que liderou a primeira guerra contra os arianos seguidores do Bramanismo na Índia e uniu os Sudras (pretos) à quarta casta aos intocáveis.






Os arianos não praticavam budismo que pregava a igualdade, eles odiavam e destruíram universidades budistas, como a universidade de Nalanda, assassinando eruditos professores pretos budistas e o Bramanismo foi substituído pelo Hinduísmo.

O Budismo é uma religião de pretos na Índia, que enviou missionários para a Tailândia, China, Japão e outros países. Os arianos não praticavam o budismo e Buda nunca foi um Indo – ariano.
Buda do sétimo século na Tailândia
Buda do Vietnam / Estátua de Buda do século X - A não divulgação das estátuas pretas do Buda Histórico é meramente ideológica para evitar a discussão das civilizações pretas na Ásia e negação da invasão ariana. Os arianos se apropriaram das filosofias pretas e negam a luta de um dos primeiros revolucionários da história na luta contra a opressão do povo preto: Sidarta Gautama – o Primeiro Buda.
FONTE: http://cnncba.blogspot.com/
Autor: Por Walter Passos, historiador, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion). Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cientistas simulam rosto do primeiro homem europeu moderno


O rosto de um dos primeiros humanos modernos europeus foi revelado após uma reconstrução artística baseada em fragmentos ósseos de 35 mil anos de idade. Os fragmentos - um crânio e uma mandíbula - foram encontrados em uma caverna nas montanhas dos Cárpatos, na Romênia, em 2002.

O modelo feito pelo médico legista Richard Neave baseou-se em medições dos pedaços de osso encontrados. Apesar dos avanços na reconstrução, os pesquisadores ainda não conseguiram determinar o sexo do indivíduo a quem os fragmentos ósseos pertenciam.

Segundo os pesquisadores, o crânio tem muitas semelhanças com os dos seres humanos atuais, embora existam algumas características distintivas como o tamanho maior dos dentes e da própria caixa óssea. Embora seja impossível definir fielmente a cor da pele, conforme os cientistas, é provável que tenha sido mais escura do que a dos brancos europeus modernos.

Há 35 mil anos atrás a Europa era ocupada pelo homem de Neanderthal, que já vivia na região há milhares de anos, e pelos seres humanos anatomicamente modernos, os Homo sapiens. Os humanos modernos chegaram à Europa provenientes do continente africano.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3744077-EI238,00-Cientistas+simulam+rosto+do+primeiro+homem+europeu+moderno.html

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"A HISTÓRIA É DA ÁFRICA! E A HISTÓRIA AINDA ESTÁ PARA SER CONHECIDA." - Jorgito

Como a ignorância faz do ser humano um animal, irracional é claro. Uma vez li no youtube que a África está na situação atual porque os africanos são naturalmente inferiores, com QI's inferiores. Coitado do europeu que disse isso, mal sabe ele que é tão africano como o brasileiro, o argentino, o italiano, o angolano, o moçambicano e etc..

Essa notícia, me faz lembrar da música PALMARES 1999 - NATIRUTS, um reggae de raiz, muito bem cantado, com belíssimas composições. A música diz assim:

´A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que Palmares se entregou?
Quem garante que Zumbi você matou?
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias?
Nossa memória foi contada por vocês!
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim "anjinhos" pra dizer que o lado mal é o candomblé...´

Música linda não!? Até quando culturas diferentes vão ser consideradas inferiores, até quando civilizações diferentes vão ser consideradas inferiores? Até quando a religião não-cristã vai ser demonizada? Até quando o genocídio vai continuar? Sabe aquele velho chavão do Brasil repúblicar: "Mudar para parmenecer igual"? É isso que acontece no mundo hoje, a Inquisição continua intensa, a "catequização" dos índios continua, a escravidão continua, o holocausto continua, o nazismo continua... e mais perto do que você imagina!

Portanto, eu clamo: Cavaleiros azuis, onde estão vocês?!

sábado, 25 de abril de 2009

Após bate-boca no STF, Joaquim Barbosa recebe apoio no Orkut


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, bastante popular nas comunidades do Orkut há algum tempo, ganhou mensagens de apoio de internautas brasileiros no site de relacionamentos, após o bate-boca ocorrido na quarta-feira (22) com o presidente do Supremo, o ministro Gilmar Mendes.

Até as 8h de hoje, Barbosa tinha ao menos uma comunidade contra (sem nenhum usuário, contudo) e mais de 20 comunidades favoráveis no Orkut --juntas, somam mais de 4.000 membros.

Manifestações de apoio também são lidas no Twitter e na blogosfera --com o surgimento de uma página dedicada à defesa de Barbosa, cujo endereço é http://eusoufadoministrojoaquimbarbosa.blogspot.com.

Enquanto isso, o presidente do Supremo tinha quase 30 comunidades com tom crítico dos internautas, somando mais de 5.000 membros. Ao menos duas, com mais de 400 usuários no total, são elogiosas.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u555456.shtml

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ESPLÊNDIDO! ESPLÊNDIDO! ESPLÊNDIDO!

Esses são meus cumprimentos ao ministro Joaquim Barbosa. Não são só meus, é de todo um povo, de membros do orkut, de anônimos que almoçavam no mesmo restaurante dias depois do ocorrido, de quem é brasileiro, paga imposto e está CANSADO de esperar por políticos de estirpe, que realmente façam o que o povo quer, o que o metalúrgico faria se estivesse no STF, que o médico faria se estivesse no STF, que o faxineiro faria se estivesse no STF.

Confesso que quando vi a notícia nos jornais, eu me regozijei! Eu me senti sentado naquela cadeira, com o microfone para o meu desfrute, livre para ser tomado pela minha oratória de verdade e principalmente de coragem, para enfrentar aqueles malditos latifundiários, como Gilmar Mendes é, que ao qualquer sinal de perigo, faz uso de seus capangas, como bem disse Barbosa.

E aquela risada diabólica e enojadora de Gilmar Mendes? O que foi aquilo? Ele parecia vomitar, escarrar, cuspir no povo brasileiro. Horrível!

E o melhor da história: toda aquela corja maldita emitiu comunicado oficial de apoio ao latifundiário. Lembra do Daniel Dantas? Aquele banqueiro? Pois é, foi o mesmo Gilmar Mendes que o tirou da cadeia. Legal né?

E daí? Não podemos mais ficar cegos, burros e surdos.

Joaquim Barbosa, OBRIGADO!


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Disney lança sua primeira princesa negra.

Na terra do sonho americano, Barack Obama derrubou tabus e demonstrou que qualquer um pode conseguir o que quer, e agora a Disney rompe mais uma barreira e dá vida a Tiana, sua primeira princesa negra, que aparecerá para o grande público em dezembro.

Tiana, a primeira princesa da Disney em mais de uma década, se juntará à ilustre lista de nobres criada pelo estúdio, formada por Branca de Neves, Cinderela, Bela Adormecida, Ariel, Bela, Jasmine, entre outras.

Na animação, a princesa é uma jovem garçonete e chef talentosa cujo sonho é ser proprietária de um restaurante. Mas sua vida muda ao beijar um sapo e se transformar em rã. Com isso, começa uma viagem para encontrar a cura.

"Trabalhamos de perto com muitos líderes da comunidade negra, de todo o país, para assegurar que estamos fazendo algo de que as famílias afro-americanas se sintam orgulhosas", disse ao jornal "The Washington Post" o diretor criativo dos estúdios Walt Disney, John Lasseter.

Inclusive o fato de que seu par no filme, o príncipe Naveen, não ser negro, incomodou em alguns círculos. "Eu não vejo problema", disse Melanie Brown, ex-integrante da banda Spice Girls. "Deveríamos aplaudir as relações inter-raciais e ter uma mentalidade mais aberta", completou.

Fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2009/04/22/ult1817u9660.jhtm

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"Não existe capitalismo sem racismo." Malcolm X.

Não é nada assombroso que a Disney crie a primeira princesa negra da história. Não é magnífico? Pelo menos para o imaginário e para construção de uma auto-estima nas crianças negras não tenho dúvidas. Porém, isso não passa de ação financeira. O racismo é baseado no capitalismo, o preconceito é fundamentado no dinheiro.

Será que é um avanço? Eu não coloco minha mão no fogo! É mais uma história estereotipada, preconceituosa ou é o despertar de uma nova mentalidade? Hein!?

Tiana é uma garçonete, porém seu sonho é ser proprietária de um restaurante. Pelo menos ela não é uma escrava ou uma empregada doméstica ? Nada contra as empregadas, pelo contrário, é que os papéis de nossos atores/atrizes costumam ser desse quilate.

"Trabalhamos de perto com muitos líderes da comunidade negra, de todo o país, para assegurar que estamos fazendo algo de que as famílias afro-americanas se sintam orgulhosas" John Lasseter

Será que trabalhou mesmo? Será? Acho difícil líderes da comunidade negra americana apoiarem relações interraciais. Não se assuste! Nos EUA a relação interracial é rara.

Avanço ou síndrome brasileira de fazer TV? Eu nunca vi um casal negro em novelas, protagonizando, ou tendo papel de destaque. O enredo da história é sempre o mesmo, "neguinho" favelado se apaixona pela "loirinha rica", e quando a família dela fica sabendo, chamam-no de "golpista", "favelado", e se o pai da moça for muito sincero, vai logo pro "macaco". Depois de algum tempo, os dois se casam, e depois tudo fica bem, o "golpista", "favelado" e macaco torna-se o filho mais novo do sogro e da sogra querida.

Estou mentindo? É ou não é o enredo perfeito? Inspirado no Brasil e nos brasileiros? Mais quantos mulatos inconscientes serão incentivados pela TV?

Além disso, a mulher é quem mais perde nessa história. A mulher negra nunca é valorizada, é sempre renegada pelos loiros e o pior: pelos negros também.
Até quando vamos alimentar a ideia que foi incutida em nossas mentes? A ideia de que só a Gisele Bündchen é bonita, padrão de beleza, desejo de todos os homens? Até quando?

Voltando ao filme, ele será essencial para imaginação das criancinhas, pois vão se acostumando com a "anormalidade". O processo com as crianças negras é diferente, porque todo o racismo que elas são submetidas começa a ser substituído pela auto-estima de ser quem são.

Aqui vai um vídeo de crianças negras realizando um teste, que comprova quanto o racismo é real e destrutivo. É de chorar.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=PKqSPf-hKR4

sábado, 18 de abril de 2009

Estudante vai à Justiça após perder vaga de cota para negros em universidade


Tatiana Oliveira, que cursava pedagogia na UFSM, se declara parda.
UFSM diz que ela não preenche condições para cota de afrobrasileiro.

Fiz o que o edital pedia: uma declaração de próprio punho de que sou descendente de afrobrasileiro. Eu sou parda. Não agi de má-fé”, afirma ela, cuja mãe é branca e o pai, pardo. Marli Dalchum, advogada da estudante, diz que na próxima terça-feira (14) vai ingressar com ação na Justiça Federal, com pedido de liminar, para que Tatiana retorne imediatamente a assistir aulas na UFSM."

Segundo o pró-reitor de graduação da UFSM, na entrevista, a estudante afirmou que a primeira vez que ela se reconheceu como parda foi no vestibular. Tatiana também relatou nunca ter sofrido preconceito relacionado à sua cor.

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É mais uma polêmica envolvendo cotas raciais, é mais uma oportunidade de sensacionalizar, é mais uma oportunidade para que outras pessoas se alistem para o Pelotão Anti-Cota.

Como pró-cotas assumido, como ativista, como pessoa consciente do papel do negro na sociedade brasileira, como pertencente a classe média brasileira, como leitor voraz de assuntos que dizem respeito as raças no Brasil e no mundo, e principalmente como pessoa consciente quero opinar:

Segundo minhas concepções de quem é negro ou não é, Tatiana Oliveira, não é e NUNCA se declarou como NEGRA (afro-brasileira) em outras situações. Como eu posso saber disso? É simples, para assumir o papel de ativista pró movimento negro no Brasil precisa ter "peito", precisa ter "raça" mesmo, e não acho que assumir uma condição tão DISCRIMINADA na sociedade tupiniquim e defender os interesses da mesma é no minímo "irracional" do ponto de vista das oportunidades, da preservação pessoal, da estética, e até no campo amoroso. Além disso, digo com propriedade que as pessoas sejam elas negras, ruivas, brancas, asiáticas, NÃO estão aptas para debater, refletir, e fundamentalmente se posicionar em relação aos assuntos que envolvem conflitos entre as pessoas geradas pelo racismo, pois as pessoas recebem oceanos de influências preconceituosas todos os dias, que incentivadas pelo senso comum e pelo discurso "bonito" de jornalistas, colunistas, ou outros pseudos intelectuais desses país são manipuladas, manobradas, e fazem o papel sujo para elite: ATRASAR POR MAIS TEMPO A CONSCIENTIZAÇÃO, A CIDADANIA, E A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE BRASILEIRA, PAUTADA POR UMA UNIÃO REAL E HOMOGÊNEA DE TODOS OS CONSTITUINTES DESSA MESMA SOCIEDADE, EM PROL DE UM FUTURO MELHOR.

Neste post, nem vou comprovar a necessidade das cotas raciais para o Brasil, aliás, qualquer pessoa que enxergue, isso mesmo, que enxergue somente pode fazer isso.

Em relação a atitude de Tatiana em se inscrever como parda no vestibular e disputar uma vaga, é no minímo questionável. Embora, seja usual o termo PARDO para definir pessoas PRETAS aqui no Brasil, essa caracterização não é mais que uma forma suave de renegar sua origem, sua condição, e chegar mais próximo do paraíso da aceitação, o tão sonhado padrão branco de qualidade. Portanto, chega até ser intrigante essas relações no Brasil, pois quando a situação é desfavorável, pessoas usam o inusitado poder de conversão em pardos(a) ou até brancos (o que eu já vi de preto retinto defensor ferrenho de sua ancestralidade caucasiana não é mole não!), porém quando um assunto de EXTREMA importância como são as cotas para negros no Brasil, essas mesmas pessoas me surpreendem mais uma vez, e até se auto-declaram NEGRAS, contrariando até sua concepção de qualidade, assumindo uma consciência que nunca existiu, uma personalidade que nunca existiu, criando uma pessoa que nunca existiu.

E luta deve continuar!
"Enquanto os leões não se libertarem, a história sempre será dos caçadores." Provérbio Africano.


PS: Tatiana, e outros "espertalhões": Suas mamães não lhes ensinaram que mentir é feio?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Promotora quer cota para negros em desfiles de moda


As semanas de moda de Paris, Milão e Nova York não perdem por esperar a tendência que a São Paulo Fashion Week está para lançar. De acordo com uma proposta do Ministério Público, as grifes do evento poderão ser obrigadas a cumprir cotas raciais em seus desfiles --no estilo do que já fazem as universidades públicas. Desde o ano passado, a Promotoria abriu um inquérito para apurar a prática de racismo na SPFW. A ideia das cotas é da promotora Déborah Kelly Affonso, do grupo de atuação especial de inclusão do Ministério Público. "O percentual de modelos negros no evento [em torno de 3%] é bem menor que o de brancos. O objetivo da Promotoria é fazer um acordo de inclusão social. Estabelecer um número mínimo de modelos negros a desfilar", afirma ela.O inquérito tem como ponto de partida reportagens publicadas pela Folha em janeiro de 2008. Naquela temporada, apenas oito dos 344 modelos que desfilaram na SPFW eram negros --2,3% do total. No Brasil, 49,7 % da população é composta por negros e pardos, segundo o último censo do IBGE (de 2007). Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u549446.shtml

A estilista Glória Coelho, comentou sobre a proposta de cotas raciais em desfiles de moda. Veja na íntegra o comentário da estilista:

"Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente. (...) Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?".
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Belissíma
declaração! Parabéns Glórinha!

Você acha que fiquei louco? Não, pelo contrário, é com uma declaração "sensata" e sincera como essa que podemos perceber como nosso país "progrediu" na consciência sobre o preconceito racial. Essa declaração não é diferente de nenhuma ideia de Gobineau, Gilberto Freyre, Ali Kamel, Monteiro Lobato, Euclides da Cunha ou de qualquer "sinhôzinho" (a) do período colonial.

Você precisa de mais quantos exemplos para apoiar cotas raciais/sociais no Brasil? Ah, é claro, isso não é racismo ? Racismo é quando um membro da Ku Klux Klan atira uma tocha de fogo no corpo de negros(a) ? Esse é a sua concepção sobre racismo?

"Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente. (...)"

Analisando este excerto da declaração da estilista, eu posso analisar facilmente o que ela quis dizer, caso alguém não entenda, ou finja que não entendeu. Em outras palavras:

"Nosso trabalho é arte, algo que tem que dar emoção para o nosso grupo, um grupo de brancos, ricos, famosos e para pessoas que querem ser poderosos como nós somos".


"(...) Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?
".

Em outras palavras: "No
Fashion Week já tem muito negro fazendo o trabalho que eles devem fazer, trabalhando nos bastidores, fazendo modelagem, limpando camarins ou fazendo a segurança. O que esses negros pensam que são? Eles estão fazendo nossas roupas, roupas de brancos, ricos e famosos. Quanta petulância! Na passarela, lugar de pessoas bonitas, não tem lugar para negros!"


Essa é a mentalidade da grande maioria do povo brasileiro, e digo isso porque essa generalização tem fundamento, pelo menos para as pessoas de bom senso. Até quando vamos conviver com essas mentiras? Até quando?

Eu vejo muitas pessoas atacando desesperadamente as cotas raciais, dizendo que negros estão assumindo sua incapacidade e um monte de outras
falácias. O que as pessoas não entendem, é o que o racismo que elas mesmo propagam é que faz com que medidas PALIATIVAS de inclusão sejam aplicadas. Até quando o povo brasileiro vai ficar mentindo que não é racista? Até quando?

Eu proponho de imediato que os racistas
adotem uma nova mentalidade, que abra mão de agir sorretareimente e aja como nossa querida Glória Coelho fez. Pelo menos assim nós podemos conhecer nossos inimigos. E daí quem sabe, num futuro distante possamos ser um país racista, porém com um presidente negro. Se os americanos que dividiam escolas para negros e brancos, o que o Brasil que é um país que não precisa de cotas pode fazer então?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Nasceu!


Esse é o meu primogênito. Portanto, haverá erros. Porém, como um bom pai, prometo cuidar de meu filho com o máximo de cuidado possível.


"Os dois maiores presentes que podemos dar aos filhos são raízes e asas." (Hodding Carter)

Voe!